segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sessão treze.

Como se bater no teclado e formar palavras desajeitadas pudesse alterar o que é só acaso. Tempo perdido é quando a gente esquece de dizer que ama, que somos grandes ostras gordas, e só algumas podem criar pérolas. As outras ficam machucadas pra sempre.

Queria a leveza das nuvens, que se juntam e vão embora e se chovem inteiras e ainda são. O carbono é tão solene. Se eu pudesse ser qualquer outra coisa, seria uma pequena gruta encravada nas montanhas da serra gaúcha. Resíduo da fé, da dominação cultural e do sotaque forte da Itália. Que vontade de experimentar todos os sotaques, beijar os sons com os lábios, tornar única a palavra cotidiana. Tenho tanto medo do que não vou ser. Guardo um pingo de coragem pro que serei.

Talvez seja uma lágrima.

Acaba, semana, acaba, por favor.

e ainda é segunda-feira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário