sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sessão 4

Hoje é muito um daqueles dias em que tudo que eu queria era chegar em casa e ganhar um abraço enorme de alguém que me dissesse que estava tudo bem, tudo bem, tudo bem, e depois dormíssemos apertado numa cama enorme, pra que a proximidade fosse mais opção que falta de. O ar-condicionado bem forte pra congelar angústias. Por uma noite, ao menos.

Mas não tem ninguém aqui. E acho que isso é bom, no fundo. Não vai ter ninguém aqui amanhã ou depois. Ninguém além de mim e a outra metade vazia da cama. A outra metade vazia do abraço. A outra metade vazia da conversa. Um vazio inteiro na íris.

Uma metade inteira pra ser preenchida.

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